Maria da Piedade de Azevedo Pinto de Mesguita (nome de batismo) e Maria da Piedade de Azevedo Máximo (nome de casada), nascida em 14/12/1888 na cidade de Riodades em Portugal e desencarnada em 10/08/1949 na cidade de Ribeirão Pires- SP.
Aos 60 anos de idade foi enterrada na cidade de Santos- SP no cemitério da Filosofia (vulgo Saboó) e o qual não podemos deixar de sublinhar a não existência de pelo menos uma placa no local, onde o corpo de Maria Máximo foi sepultado.
Consta que Maria Máximo não quis que lhe fossem enviadas flores ou coroas. Mais do que isso Maria Máximo solicitava a todos um comportamento compatível com a "doutrina": prece e não lágrimas. Por isso não se deu maior importância ao local de seus despojos.
Ao contrário de Miguel Máximo (marido) o qual ela fez questão de fazer lápide perpétua com os dizeres "A morte não existe. O amor prossegue. O espírito evolui".
Filha de Aurélio Augusto Pimentel de Azevedo Botelho (Padre Aurélio) e Isménia de Jesus Pinto (Isménia de Jesus), deixou a casa dos pais ainda muito nova, aproximadamente com 18 anos, mudandando-se para a cidade de Porto, ainda em Portugal, que entre outras coisas se dedicaria a vida de artista. Adotara o nome artístico de "Maria Mesquita", e o qual consta que era de boa performance teatral, apesar de não participar de grandes espetáculos, segundo depoimentos de parentes próximos que moravam na cidade de Porto.
Com o afastamento de sua familia por causa da profissão a qual na época sofria preconceito e também por causa do falecimento de seus pais, "Maria Mesquita" vai para o Brasil em 1919 para cidade de Belém do Pará onde os irmãos, Antônio e Aires já residiam. Ali "Maria Máximo" conheceria o futuro marido "Miguel Máximo" matrimónio que se concretizou somente em São Paulo-SP em 07/11/1921, após trabalharem juntos em um teatro intinerante, o qual já era de propriedade de Miguel, no qual trabalharam por anos com muito sucesso.
Juntos tiveram um filho de nome Aurélio Fernando (o qual faleceu no Rio de Janeiro) e o qual alguns amigos diziam ser adotado, pois "Maria Máximo", não poderia ter filhos. Porém isso não se confirma.
Já conhecedores da "doutrina", Miguel Máximo acompanhou Maria Máximo na missão maravilhosa, foi companheiro, foi seu apoio, foi obreiro. E também empenhou-se na criação do "Centro Espírita Isménia de Jesus", "Casa dos Pobres". Organizou festivais em benefício de sua construção, foi peça fundamental. Miguel adoece pouco depois de sua última representação teatral, e seus últimos tempos sao de grande sofrimento, desencarnando em 24/08/1940 na cidade de Santos- SP, aos 52 anos.
Maria Máximo, entregue totalmente ao trabalho, continua sua missão, como médium, como administradora, como amiga do povo. Maria Máximo transcende à si própria, só vê o trabalho, mas o corpo nao acompanha.
Maria Máximo, vai para Ribeirão Pires em Julho de 1948, pouco após a inauguração da "Casa Maternal Ismênia de Jesus", quando sua saúde se agrava muito, resultado do seu esforço intenso e denotado, pelos seus trabalhos incessantes na "Casa Espírita". Foi assim mais um ano afastada fisicamente das atividades.
Mas não parou, continuou a atender pessoas, e também manifestando-se em espírito nas reuniões privadas do centro "Casa Espírita Ismênia de Jesus", comprovando assim uma vez mais a sua condição de alma elevada, batalhadora, cumpridora e de raras faculdades. O corpo de Maria Máximo não resiste e ela desencarna de complicações cardíacas as 16:00h, na "Granja Fé, Esperança e Caridade".
Alguns Casos Maravilhosos
Efeito Físico
O início da missão de Maria Máximo foi árdua e sofrida.
Obedecendo a Pai Aurélio, ela instala-se em Santos coloca suas faculdades ao serviço mais denotado e desprendido. Fiel ao compromisso, começa a realizar curas, inclusive de muitos casos considerados incuráveis, com o natural aumento de sua procura. Fácil é deduzir que sua primeira prova dá-se com as perseguições que a classe médica passa a mover-lhe. Acusada de tudo, curandeira coisas piores, e oficialmente prática ilegal da medicina Maria Máximo acaba por ser intimada pela polícia para prestar esclarecimentos. Sem qualquer peso na consciência e sabendo ser apenas um instrumento da espiritualidade maior, comparece a obreira na delegacia, onde a espera um inquérito na presença de diversos médicos. Segundo ficou a constar, Maria Máximo foi alvo, então, do que se poderia chamar de uma provocação, uma cilada. Estimulado por presentes, o delegado intimou-a a fazer água, o que acontece de imediato. Não satisfeitos, requereram que ela agora a fizesse gelar, o que também ocorreu de pronto. Boquiabertos, os presentes não tiveram como reagir e Maria Máximo foi liberada.
Curas
Consegue fazer andar Arlete Mariano, (parente) que, por causa da esclerose múltipla nervosa, nem ficava de pé.
Desdobramento
Manifestação ininterrupta nos trabalhos do CEIJ (Centro Espírita lsmênia de Jesus), durante seu exílio final em Ribeirão Pires.
Visão Premonitória
Previsão de um acidente com o ônibus em que viajava de São Paulo para Santos. Sob troça do motorista e passageiros pede para parar e descer sozinha. Mais adiante o veículo sofre um despiste e tomba.
Finda nesta edição, um pequeno resumo da história maravilhosa da vida e obras de nossa irmã, Maria da Piedade de Azevedo Pinto Mesquita, conhecida como Maria Máximo.
Que Deus a abençõe.
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